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Fãs do Diário Sertanejo

Os gêmeos que cantam e encantam

Os gêmeos Ronivan e Ronivaldo cantam bailão, moda de viola, xote, vaneirão, arrastapé, e românticas. Com músicas dançantes no repertório, que inclui composições próprias e interpretações de duplas como Guilherme e Santiago, Gino e Geno, Rick e Renner, entre outros, os irmãos têm encantado o País.




Com apenas cinco anos os gêmeos Ronivan e Ronivaldo já mostraram talento. De tanto brincar entre estúdios, palcos e aulas de música acompanhando o pai, o professor e sanfoneiro Valdomiro Derussi, os guris tomaram gosto pela coisa.
Os meninos nasceram em 30/07/87, em Modelo, Santa Catarina. Aliás, não nasceram, ‘estrearam’ como se diz na Bahia. Porque além de começar cedo, até o nome da dupla é original de fábrica - de batismo! Os gêmeos compõem a terceira geração de uma família de músicos. O avô era sanfoneiro, e o pai tinha uma dupla com o tio ‘Nildo’ e tocavam em festas particulares e bailes do interior. Assim a coisa foi entrando no sangue... “Nosso pai nos levava às festas e o povo pedia para a gente cantar”, lembram. Realmente, devia ser fofo vê-los tocando e cantando. Afinal, aos quatro anos ganharam o primeiro violão e aos cinco já faziam aulas de música: “temos fotos em que o violão era maior que a gente”.

A primeira apresentação 'profissional' da dupla foi na Rádio Modelo, aos quatro anos de idade, quando deram uma divertida entrevista e cantaram modas de viola. A cidade, com cerca de 4.000 habitantes, ficou agitada: “lá era pequeno, todo mundo nos conhecia e ficava elogiando para o pai”. Os meninos ficaram conhecidos, e passaram a apresentar-se em festas, com direito a cachê e tudo mais. Os meninos também participavam de concursos pela cidade, e, ganhavam todos... “Os amiguinhos de escola até nos proibiram de participar dos festivais”, conta aos risos Ronivan.

Influências

A dupla diz ter sido influenciada por vários talentos sertanejos como: Chitãozinho e Xororó, Teodoro e Sampaio, Rick e Renner, Zezé di Camargo, Leandro e Leonardo e Daniel (da época que cantava com o João Paulo). A música de raiz de Tião Carreiro e Pardinho também mexe com as emoções deles. Mas, a raiz forte veio do pai (Valdomiro), que hoje é sanfoneiro da banda. “Ele nos incentivou, apoiou e nos orienta até hoje”, dizem.

O primeiro sucesso dos gêmeos, em 2001, foi a canção ‘Vai pedir bis’ mesmo nome do CD, que bombou em Santa Catarina e rendeu vários shows. Em 2005 lançaram o CD ‘“Vem me amar”, e em 2007 o ‘Em busca do sonho’.

Fãs - uma relação tranqüila...

Os fãs curtem tanto a dupla que durante esta entrevista aconteceu um fato engraçado, um grupo começou a cantar a música ‘100% caipira’, do último CD. Os meninos não perderam tempo, e simpaticamente levantaram para acompanhá-los. Foi uma farra com muitas fotos, e distribuição de discos e autógrafos...













Carreira

O caminho não foi fácil, embora tivessem muito talento. O primeiro e o segundo disco foram bancados pelo pai. “Nós vendíamos no comércio de porta em porta”, lembra Ronivan. Os irmãos começaram a fazer shows em festas regionais, casa de amigos, rádios, e as ‘famosas participações’, quando duplas e bandas em busca do reconhecimento cantam com pessoas consagradas. “Cantamos com o Leonardo na casa de um amigo, e abrimos os shows de Roberta Miranda e Chico Rey e Paraná na Festa do Morango”, conta Ronivaldo.

Finalmente o reconhecimento chegou! Com casas lotadas, muitos discos vendidos e músicas tocando em várias rádios, o patrocínio bateu à porta, e hoje contam com a Nova Schin, Unicom e Só Campo. Já têm ônibus próprio - um verdadeiro outdoor móvel. O veículo é totalmente equipado e os leva para as turnês, confortavelmente, em companhia da banda. Sucesso geral.

Mas eles querem mais. “Nossa vida é a música”, falam em coro. Aliás, curiosidade, eles têm mania de falar em parceria. Um começa e o outro complementa o raciocínio. Será sintonia de gêmeos?

Curiosidade

Uma vez, na Folia de Nossa Senhora da Abadia, estas festas interioranas onde a dupla improvisa e toca nas fazendas, um palco de madeira foi montado. A questão é que nem todos da banda cabiam por lá. Então, somente alguns foram acomodados e o resto da banda ficou no chão em frente ao palco. Tudo corria bem até que, após um barulho, o pai dos meninos, Valdomiro Derussi, estava no chão, de pernas para o ar e com a sanfona na mão. A banda assustou e todos pararam achando que era briga. Mas foi somente acidente de percurso – uma queda. Depois do susto e de constatar que o paizão estava bem, a gargalhada foi geral e o show continuou....

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