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Fãs do Diário Sertanejo

Pedro Paulo e Matheus, o orgulho da Capital

O leonino Andevaldo (Pedro Paulo) é natural de Posse (GO). Apesar de cantar desde os 15 anos, ele diz que nunca estudou música: “Sou um péssimo exemplo! Posso morrer cantando porque não vou conseguir estudar”. Seu início foi, eu diria, curioso... O ex-sargento Pontes, do Batalhão da Guarda Policial (BGP), serviu de 1993 a 1999. Lá ele sempre era escolhido para narrar as festas do Exército. Era o locutor preferido por ter uma voz marcante. Como gostava muito de música, em 1996 juntou-se ao cunhado Daniel e formou a primeira dupla “Pedro Paulo e Matheus”. E, seguiam animando festas de amigos. Depois de três anos abandonou o Exército: "eu não conseguia mais conciliar minha paixão pela música com o trabalho".

O também leonino Adevaldo (Matheus) nasceu em Sancrerlândia (GO). Aos dez ganhou um violão, e aos doze uma guitarra. Quando adolescente decidiu ir para Goiânia tocar em bandas de baile e comer pequi - Ele é apaixonado por pequi. Juntou-se ao irmão e ao cunhado e montou a banda de roque - Os Herdeiros do Trono. Apesar do nome e de todos freqüentarem a igreja, o som não era gospel. Aos 18 anos surgiu o convite para montar uma dupla sertaneja com o cunhado, e ele veio para Brasília. “Cheguei com a cara e a coragem no Pedregal”. O início foi duro e de muita ralação, tocando muito e ganhando pouco. Só que ele insistia. Porém, um dia o parceiro parou de cantar e pegou nosso ídolo de surpresa: “ele chegou de supetão e disse: a partir de hoje não canto mais. Eu fiquei derrotado”. Como um bom gozador ele disse que pensou em fugir para o México e invadir os Estados Unidos....risada geral!!!

Foi neste triste momento Deus botou o dedo. Era muita coincidência: nomes muito parecidos, ambos leoninos, goianos e com parcerias com os cunhados... Só pode ser coisa do destino. Tinha que ser! Então, na mesma época o cumpadre do Pedro Paulo convidou Matheus para tocar em uma festa. O futuro parceiro, que na mesma época havia desfeito a dupla com Daniel (Primeiro Matheus), não titubeou e convidou Adevaldo para assumir a vaga de Matheus, surgindo a atual formação da dupla.

O simpático Matheus quase não abria a boca até eu questioná-lo sobre seu primeiro instrumento, aos 10 anos. “Meu primeiro violão foi uma piada. Minha família, na época, não tinha condição de me dar. Meu pai ganhou dois pedaços de violão, um braço e uma caixa. Aí ele cortou as partes e emendou. Meu pai é um artista!”, lembra aos risos. Pronto, foi o suficiente para o tímido rapaz soltar mais brincadeiras. Segundo ele o pai, Adão, que era pedreiro, e trabalhava da construção ao acabamento!

“Com um mês eu estava cantando sozinho Tião Carreiro e Pardinho, Amado Batista. Era aquilo que meu pai ouvia no radinho de pilha dele.”





“Gente é difícil. Nosso próprio ego é! A gente tem que saber o que ele é, até onde podemos ir, e o que podemos falar ou sentir. Muitas vezes temos que nos furtar o direito de sentir certas emoções para que isso não interfira”.

FAMA

A fama é boa, mas tira a privacidade. “A gente tem que andar escondido. Tudo o que tem ao nosso redor, crescem o olho. Você faz um trabalho bacana e tem sucesso, pronto, já crescem o olho. E para nós crescem os problemas e a responsabilidade. Tudo é proporcional”, diz Matheus. Mas a humildade, a seriedade, e a força em Deus, os ajudaram a definir espaço. “Eu acho que o fundamental é a seriedade com que a gente encara o trabalho. Se você marcar um compromisso em qualquer lugar, a gente estará lá. Nada muda esta nossa forma de trabalho: o compromisso!"

Perguntado quanto aos excessos dos fãs, Pedro Paulo disse que a relação deles é boa e de respeito, mas: “De vez em quando aparecem umas ‘parentas’ daquela deusa Indu cheia de mãos, a Chiva”. É um gozador mesmo!

“A gente tem que cativar as pessoas, nosso trabalho é esse. Isso que faz a carreira perdurar”.

PERSISTÊNCIA

Mas não pensem que foi fácil. Quando começaram, tocavam na casa de amigos e em festas de empresas. Se perguntados sobre o preço, eles respondiam que era R$ 15 mil. “O que? Está louco!”, remeda Pedro Paulo. “A gente cobra isso, mas se vocês pagarem R$ 300 a gente vai. Eu queria muito ser cantor. Esse era meu objetivo maior, então tinha que acontecer. Sempre corri atrás desse sonho. Já tomamos muito tapa na vida”, relembra.

CARREIRA

Em maio a dupla faz 13 anos. Mas, ainda se consideram começando. “A gente está com uma estrutura sendo formada. Temos o escritório, que leva nosso trabalho para as rádios. Mas não temos, ainda, secretários particulares ou produtores de shows. A gente está por trás da escolha do repertório, figurino, produção musical e direção artística. A gente faz tudo”, conclui Pedro Paulo.














Villa Country – SP


Em fevereiro Pedro Paulo e Matheus apresentaram-se na casa de espetáculos Villa Country. A casa, que é a maior no gênero em São Paulo, recebeu os meninos de braços abertos.

Para divulgar o trabalho eles fazem frente em várias áreas...

Patrocinamos a equipe RZM Motor Sports (grupo de pilotos de Brasília) na “500 milhas” da Granja Viana / SP. “A equipe buscava patrocínio há meses e decidimos apoiá-los. Então, aproveitamos para divulgar nosso primeiro DVD, colocando umas meninas vestidas de cowgirl para distribuir os discos”, conta Pedro Paulo. Também caracterizamos um carro

Há um grupo de 42 pessoas que fez o fivelão com a logomarca da dupla. Segundo Matheus, somente eles têm e as pessoas pedem. Mas, ele explica que a dupla vê muito bem onde empregar o dinheiro. “Tudo é uma loteria. Você pode desperdiçar tempo e dinheiro e não dar certo. Aí você deixa de fazer algo mais importante”, diz. E Pedro Paulo complementa que a prioridade agora é que o Brasil conheça as músicas e saiba quem são eles. (Foto: Marcelo Dischinger)


EUROPA
A dupla deu shows na Europa, em Lisboa e Zurich) em dezembro passado. “Foi muito bom para nosso currículo tocar lá. O público era de brasileiros - a maioria goianos e mineiros. Eles pulavam que parecia que iam derrubar a casa. Eles sentem falta disso por lá. Então, quando chega um brasileiro, eles querem ver e matar saudade”.


FÃ-CLUBE

A gente não tem ainda fã clube oficial. Mas, tem a Jackeline que cuida do “Tá falando, tá teimando” e que faz várias comunidades no Orkut, e tem o grupo de Sobradinho, o “Aoooooo buteco”. Nós damos material para eles, como camisetas, CDs, DVDs, fotos.

“A gente é feio demais, só as nossas muié que qué nós”, diz Matheus.

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